O secretário de estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, nomeou em comissão de serviço, João Martins dos Santos, funcionário do CEF, auferindo como remuneração mensal a que detém no organismo de origem, acrescida de dois mil euros por mês. Não se entende como é que este funcionário requisitado a um serviço do Estado tem direito a uma gratificação mensal de 2.000 €. Convém aqui referir que Paulo Núncio, militante do CDS de longa data, é fiscalista e sócio da sociedade de advogados Garrigues e que, João dos Santos, é um dos autores do parecer que favorece as grandes empresas na tributação de dividendos e que, aparentemente, beneficiará alguns dos grandes clientes do escritório de advogados de Núncio. Percebem ou é preciso fazer um desenho?
David Pires