Botequim ordinário, onde se vendia o café a dez reis cada xícara.

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Jul 11

AO LONGE OS BARCOS DE FLORES

 

Só, incessante, um som de flauta chora,

Viúva, grácil, na escuridão tranquila,

- Perdida voz que de entre as mais se exila,

- Festões de som dissimulando a hora

 

Na orgia, ao longe, que em clarões cintila

E os lábios, branca, do carmim desflora...

Só, incessante, um som de flauta chora,

Viúva, grácil, na escuridão tranquila.

 

E a orquestra? E os beijos? Tudo a noite, fora,

Cauta, detém. Só modulada trila

A flauta débil... Quem há-de remi-la?

Quem sabe a dor que sem razão deplora?

 

Só, incessante, um som de flauta chora...

 

Selecção de Poemas - Tomás Salavisa

publicado por Café de Lepes às 00:08

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