Soube-se por estes dias que mais de duzentos militantes do Partido Socialista foram expulsos, em consequência de terem concorrido, nas últimas eleições autárquicas, em listas de oposição às do Partido em que militavam. Narciso Miranda, antigo autarca de Matosinhos, é, porventura, a figura mais mediática dos socialistas sancionados. Narciso, manifestando a mais despudorada falta de ética e vergonha, tem se desdobrado em intervenções na imprensa e televisão, considerando-se vítima de um processo kafkiano e estalinista. Narciso e alguns dos seus apoiantes, esqueceram-se, e não deviam ter sido possuídos de tão elevada falta de memória, que fazem, presentemente, oposição, na autarquia de Matosinhos, ao presidente eleito pelo PS. É esta falta de honra que vai corroendo a credibilidade dos políticos junto dos eleitores. Olha-se para um político, qualquer que seja o cargo que desempenha, e imagina-se um charlatão e não um cidadão honrado que não envergonhe a instituição que representa.
Nesta Terra, e não há muitos anos, também houve narcisos, que muito prejudicaram o Partido Socialista. Fizeram, então, orelhas moucas, os órgãos socialistas competentes, quer a nível distrital, quer a nível nacional, a quem foi denunciado o comportamento grave de alguns militantes ao infringirem os estatutos, que referem num dos seus artigos, "quem apoiar ou participar numa candidatura contra o Partido é punido com expulsão".