Nas variadas entrevistas dadas por Pedro Passos Coelho durante a campanha para as eleições legislativas afirmou, numa delas, referindo-se ao governo que, eventualmente, formaria se fosse o vencedor das eleições, o que veio efectivamente a acontecer, seria composto por políticos experientes, uma parte, mas também a restante, por jovens políticos, porque seria importante obter-se uma mistura de veterania com novas ideias de políticos das mais recentes gerações, isto é, uma fusão de seniores e juniores. A este propósito, e já após a vitória do PSD, algumas vozes de antigos e reputados ministros sociais-democratas e, hoje, senhores da alta finança, como é o caso de Faria de Oliveira (CGD) e Mira Amaral (BIC) vêem dizer que o próximo governo deve ser composto por pessoas altamente conhecedoras, seja no campo da política, seja no sector privado, para conduzir o País no período difícil que irá atravessar. O que é fundamental, reiteram ambos, é tratar-se de gente de comprovada experiência, quer política, quer empresarial e, também, serem possuidores de uma enorme experiência de vida. Certo é que, neste perfil, nem o próprio Pedro Passos Coelho encaixa.
David Pires