Botequim ordinário, onde se vendia o café a dez reis cada xícara.

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Nesta pré-campanha eleitoral temos sido brindados com um tipo de linguagem a que não estávamos habituados e que mais não serve senão para baixar o nível do debate e desacreditar os políticos. Então os candidatos, e também alguns dirigentes, do PSD têm-nos oferecido palavras e frases brilhantes, que perdurarão na memória de todos. O mais notável tem sido o coordenador do programa laranja, Eduardo Catroga, que numa entrevista à SIC/Notícias afirmou "...em vez de andarem a discutir as grandes questões que podem mudar Portugal, andam a discutir, passe a expressão, pentelhos." e numa recente entrevista ao jornal Público comparou Sócrates a Hitler, chamando-lhe ainda mentiroso compulsivo. Já Fernando Nobre em visita de campanha a uma escola superior afirmou perante a pouca entusiástica recepção dos estudantes "não fujam eu não cômo ninguém, apesar de ter andado na Papua" e para justificar o que não é justificável disse "ganho menos do que ganharia por mês a tirar uma próstata". Miguel Veiga, um conhecido e prestigiado social-democrata do Porto, chamou garnizé a Paulo Portas. Mas o presidente dos laranjas também tem ajudado nos dislates. Assim Passos Coelho referiu o papel de pau de cabeleira do líder do CDS/PP, afirmou, em determinada ocasião, não ter pressa de se aproximar do pote (governar) e considerou certas afirmações de José Sócrates como "esperteza saloia".

 

David Pires

publicado por Café de Lepes às 01:25

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