Botequim ordinário, onde se vendia o café a dez reis cada xícara.

07
Mai 11

"UMA CORDA. UMA GARGANTA"

 

Uma corda. Uma garganta.

Duas dores. O Infinito.

Um irmão que chora. Uma mãe que canta.

E uma noiva que diz ai que eu grito.

 

Um soluço uma noite uma aurora

Uma mesa -- um suicida esquisito.

Um irmão que sai porta fora.

Um menino que compra um apito.

 

Uma senhoria irritada

Dois odores a gato pingado.

Uma noiva inconforme, coitada.

Uma mala muito bem fechada.

Um quarto de novo alugado.

 

Uma mãe que sorri. Alguém que ama

um corpo quente que nem quê.

Uma rua cheia de lama.

Uma noiva que sabe porquê.

 

Selecção de Poemas - Tomás Salavisa

publicado por Café de Lepes às 23:46

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