Botequim ordinário, onde se vendia o café a dez reis cada xícara.

30
Mar 11

DESPONDENCY

 

Deixá-la ir, a ave, a quem roubaram

Ninho e filhos e tudo, sem piedade...

Que a leve o ar sem fim da soledade

Onde as asas partidas a levaram...

 

Deixá-la ir, a vela, que arrojaram

Os tufões pelo mar, na escuridade,

Quando a noite surgiu da imensidade,

Quando os ventos do Sul se levantaram...

 

Deixá-la ir, a alma lastimosa,

Que perdeu fé e paz e confiança,

À morte queda, à morte silenciosa...

 

Deixá-la ir, a nota desprendida

Dum canto extremo...e a última esperança...

E a vida...e o amor...deixá-la ir, a vida!

 

Selecção de Tomás Salavisa

 

 

publicado por Café de Lepes às 00:43

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