Retomo o tema de ontem para referir que o argumento foi aprovado por cinco dos seis administradores do Circo. Em consequência as filmagens terão início em breve. Este filme tem a particularidade - que não é inédita - de ser conduzido por três realizadores, a saber: Aníbal Cavaco Silva - mostrou-se demasiado duro no discurso de tomada de posse, denunciando-se como homem de rancores e ódios, que não perdoa e que, tão breve quanto possível, usa a arma da vingança para com os seus concidadãos. Daí não ter aberto a boca no sentido de promover o diálogo entre as forças em confronto, desmentindo a sua promessa de uma magistratura activa. José Sócrates - despoletou a crise ao apresentar em Bruxelas um pacote de medidas restritivas sem as divulgar previamente a Belém e ao maior partido da oposição, quem brinca com o fogo queima-se. Pedro Passos Coelho - dirige um partido afastado da mesa do festim há demasiados anos, nota-se por lá muita fome e receando que, se a crise fosse vencida, tão depressa não provaria as vitualhas do banquete, não resistiu à pressão dos famintos e deitou para trás das costas os interesses do País. Que tipo de fita iremos apreciar lá para fins de Maio, começos de Junho, neste momento é uma perfeita incógnita. Estes realizadores, no entanto, pelos trabalhos já apresentados não nos merecem muita confiança.
David Pires