Guterres com medo de se afundar no pântano que ele mesmo ajudou a crescer bateu com a porta. Durão Barroso impotente para enfrentar o buraco financeiro, que não foi capaz de diminuir, partiu para um bom lugar na Europa, deixando o País a tremer perante a imagem de Santana Lopes. Sócrates, mais criativo, frente a dificuldades quase intransponíveis, concebeu um cenário dramático para airosamente sair de cena. Apresenta um PEC em Bruxelas, sem que em Portugal dê satisfações a ninguém, sabendo que essa atitude daria o pretexto definitivo para o PSD derrubar o Governo, o que há muito anseia. Dentro de poucas horas saberemos se este argumento passa mesmo a filme. Mas quem já está tramado, e continuará a sê-lo, qualquer que seja o governo que venha a nascer, é o Zé Povinho.
David Pires