A despeito do nosso débil tecido empresarial, em que as indústrias com alguma relevância quase se contam pelos dedos das duas mãos, a crise, naturalmente, também aqui se faz sentir, com salários e subsídios em atraso. Os infelizes dos operários vão suportando as faltas de pagamento, sem tugir nem mugir, porque a época que atravessamos não permite reclamações. Contam-se histórias rocambolescas, a propósito da situação financeira de determinadas empresas, mas sabemos como a fantasia é fértil nesta Terra, pelo que o melhor é aguardar para ver se essas novelas são efectivamente reais.
Tiago Paisana