Botequim ordinário, onde se vendia o café a dez reis cada xícara.

07
Jan 12

O VAGO

 

O Vago é a essência que, saudosa, ondeia,

Em derredor do cálix duma flor,

É a oração que ascende e paira e anseia,

Na tarde mística a evolar-se em cor...

 

O Vago é como o instinto de quem leia

Nuns olhos virgens a expressão do Amor,

O Vago é a luz que as almas incendeia,

A Alegria sonhando com a Dor...

 

É o silêncio da noite a certas horas,

O choro lucilante das auroras

Na árvore que deixou cair os pomos...

 

É não ter voz, falar e ser a Esfinge,

Olhar e já não ver o que nos cinge;

O Vago é o estranho além do que nós somos!

 

Selecção de Poemas - Tomás Salavisa

publicado por Café de Lepes às 01:27

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