O governo decidiu recuar e manter a capacidade de endividamento das câmaras nos 125% das receitas dos municípios, o que agradou a pelo menos 200 presidentes de câmara que iam ficar impossibilitados de se endividar. Apesar de, na primeira versão do Orçamento do Estado se diminuir a capacidade de endividamento para 62,5% das receitas das autarquias, o governo diz agora que a diminuição no papel do limite legal "não implica, por si, qualquer poupança/racionalização da despesa". Ou seja, o governo troca a medida administrativa pela "participação dos municípios". Para os políticos não haverá jamais sacrifícios, o povo é que terá de pagar a crise.
David Pires