Botequim ordinário, onde se vendia o café a dez reis cada xícara.

18
Jul 11

SONETO

 

Pára-me de repente o pensamento

Como se de repente refreado

Na doida correria em que levado

Anda em busca da paz do esquecimento.

 

Pára surpreso, escrutador, atento,

Como pára um cavalo alucinado

Ante um abismo súbito rasgado,

Pára e fica, e demora-se um momento.

 

Pára e fica, na doida correria.

Pára à beira do abismo, e se demora.

E mergulha na noite escura e fria

 

Um olhar de aço, que essa noite explora.

Mas a espora da dor seu flanco estria,

E ele galga e prossegue sob a espora...

 

Selecção de Poemas - Tomás Salavisa

publicado por Café de Lepes às 00:38

Julho 2011
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2

3
4
5
6
7
8
9


17

25



Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

GERÊNCIA
Carlos Canas * David Pires * Julião Mora * Marco Almeida* Mário Aleixo * Tiago Paisana * Tomás Salavisa
blogs SAPO