Também o ex-presidente do Conselho Fiscal daquele banco que tanto dinheiro nos vai custar, o BPN, foi premiado com um emprego na administração da CGD. É difícil compreender que os maus gestores sejam tratados deste modo.
Julião Mora
Também o ex-presidente do Conselho Fiscal daquele banco que tanto dinheiro nos vai custar, o BPN, foi premiado com um emprego na administração da CGD. É difícil compreender que os maus gestores sejam tratados deste modo.
Julião Mora
235 nomeações, num mês, que nos vão custar mais de oito milhões de euros, as contas apuradas após a consulta do sítio do governo. É obra!
Julião Mora
Rui Machete, advogado, notável do PSD, antigo presidente da Assembleia Geral daquele banco dos famosos (do PSD) com um buraco de milhões, que tem por nome Banco Português de Negócios, é o novo presidente da Assembleia Geral da CGD.
Julião Mora
AO LONGE OS BARCOS DE FLORES
Só, incessante, um som de flauta chora,
Viúva, grácil, na escuridão tranquila,
- Perdida voz que de entre as mais se exila,
- Festões de som dissimulando a hora
Na orgia, ao longe, que em clarões cintila
E os lábios, branca, do carmim desflora...
Só, incessante, um som de flauta chora,
Viúva, grácil, na escuridão tranquila.
E a orquestra? E os beijos? Tudo a noite, fora,
Cauta, detém. Só modulada trila
A flauta débil... Quem há-de remi-la?
Quem sabe a dor que sem razão deplora?
Só, incessante, um som de flauta chora...
Selecção de Poemas - Tomás Salavisa
DA ÁGUA
Não há senão um leito rente à terra
a luz vacilante de pássaros
os olhos atravessados pelos juncos
o lenço pequeno e íntimo
que levamos à boca para não esquecer
como era quente e masculino o coração da água.
Selecção de Poemas - Tomás Salavisa
Este país não tem salvação, a pagar vinte por cento ao ano em obrigações do tesouro, não há Troika, imposto extraordinário, privatizações, nada, que lhe valha.
Julião Mora
93 mortos, até ao momento, resultado de um acto impossível de qualificar levado a efeito por um norueguês de extrema direita e fundamentalista cristão. Repito europeu, branco, norueguês, de extrema direita e fundamentalista cristão. Imaginávamos que esta espécie de morticínios só poderia ser levada à prática por seguidores da Al-Qaeda.
Julião Mora
Aplaudo a ideia dos Carraça, É muito agradável permanecermos na agora zona histórica desta Terra, Histórica porque está completamente abandonada, Como o castelo de Belver onde não vive ninguém, Sem pessoas, Casas habitadas por ratos, Mas pretendo escrever sobre a esplanada, Belíssima ideia, O ambiente é óptimo, As bebidas boas, Pena é que nos últimos tempos o vento, cortando como uma navalha, tenha obrigado os boys e as girls a recolherem-se, O meu aplauso para a gerência do Café Central
Mário Aleixo
Sem bolo de aniversário, champanhe, velas ou mesmo o fatal "parabéns a você", este Café atinge hoje um ano de vida. Comentando, informando, zurzindo e, dando a conhecer os melhores poetas da Ibéria, tal como nos propusemos. O tempo disponível é escasso, mas agora mesmo, à volta de uma xícara de café, não a dez reis, mas a cinquenta e cinco cêntimos, comprometemo-nos, todos nós, a ser mais assíduos e laboriosos. Talvez, talvez.
Os fregueses do Café de Lepes
Que só é falada na comunicação social pelos piores motivos: incêndios florestais ou tiros.
Julião Mora
Leio os jornais da véspera. Chegou-me hoje às mãos o boletim Informação Verde Horizonte de Novembro/Dezembro - 2010/Janeiro - 2011. Enviei-o para o lixo. Naturalmente.
Julião Mora
Dois mil milhões
É o desvio
Nas contas públicas
Não espanta ninguém
Esperavam-se
Muitos esqueletos
Nos armários
Este é o primeiro
Marco Almeida
SONETO
Pára-me de repente o pensamento
Como se de repente refreado
Na doida correria em que levado
Anda em busca da paz do esquecimento.
Pára surpreso, escrutador, atento,
Como pára um cavalo alucinado
Ante um abismo súbito rasgado,
Pára e fica, e demora-se um momento.
Pára e fica, na doida correria.
Pára à beira do abismo, e se demora.
E mergulha na noite escura e fria
Um olhar de aço, que essa noite explora.
Mas a espora da dor seu flanco estria,
E ele galga e prossegue sob a espora...
Selecção de Poemas - Tomás Salavisa
A Assunção do ar condicionado a 25 graus e da abolição do uso da gravata no ministério do Ambiente não passa de uma treta para otário ver. As Cristas das ondas quando começarão a destruir as gorduras do Estado?
Julião Mora
O compromisso assinado com a Troika obriga o Governo a operar uma profunda reestruturação no poder local, que deve estar concluída até ao próximo acto eleitoral autárquico em 2013. O poder local foi muito apreciado e enaltecido nos seus primeiros anos de vida, porque, de um modo geral, mudou, de maneira significativa, municípios e freguesias, criando infra-estruturas valiosas para o bem estar das populações. Mas muitos dos autarcas agarraram-se ao poder como lapas às rochas e, com o passar dos anos foram perdendo ideias e fogo, começando a envolver-se em tramas nada dignificantes. Existem actualmente 251 empresas municipais, 125 das quais se encontram em falência técnica. Estas empresas serviram, essencialmente, para acolher boys e girls a quem são proporcionados salários milionários a troca de nada. Construiram obras megalómanas, auditórios, pavilhões multiusos, piscinas, de duvidoso interesse para as suas populações, apenas porque o concelho vizinho já possuía essas estruturas. Pejaram os serviços de funcionários, pagando favores às clientelas que os elegeram. E porque, se autodenominando os escolhidos do povo, entendiam que tudo podiam fazer e estavam acima de todas as críticas, desprezavam o escrutínio dos munícipes. Muito recentemente soube-se que um presidente de câmara do litoral alentejano nomeou para o seu gabinete o próprio filho e um autarca de um município da Grande Lisboa contratou diversos familiares íntimos para exercerem funções na sua autarquia. Aliás na nossa Terra também um antigo autarca deu emprego àquela com quem viria a casar, sua ex-funcionária, bem como a familiares próximos da referida senhora. E mais, a antigos empregados, que por lei deveria indemnizar devido ao encerramento das suas empresas, arranjou-lhes colocação na autarquia. Estes factos contribuem para a má imagem dos autarcas e, por consequência, grande parte da população vê com agrado a extinção de autarquias e freguesias.
Tiago Paisana
A política actual tem tido como figuras de topo personagens clonadas. Sócrates, que já lá vai, deu os primeiros passos na política na jota, mudou-se de cor, possivelmente porque se não deu bem. Depois, passo a passo, foi subindo através daquelas teias de interesses que se apoderaram dos partidos políticos. Começou por deputado, chegou a secretário de estado, depois ministro e, finalmente, primeiro ministro. Tinha obtido um diploma de engenheiro técnico na Universidade de Coimbra. Mais tarde, numa universidade privada, obteve o grau de engenheiro. Sabe-se que pertenceu aos quadros da Câmara da Covilhã, onde trabalhou algum tempo, o resto, na política. Coelho principiou na JSD, tendo atingido a liderança desta estrutura dos jovens laranjas. Por inerência do cargo tornou-se deputado. Abandonou a política, por pouco tempo, para ingressar em empresas onde o seu amigo e companheiro, Ângelo Correia, tem interesses. No entretanto, também numa universidade privada, onde, como todos sabemos, é fácil obter uma licenciatura, é apenas uma questão de dinheiro e tempo, frequentou e concluiu, um curso de economia. Regressou à política. O resto da história é conhecida. Agora é o nosso primeiro ministro. Viveu sempre da política, excepto num curto hiato de tempo. Muito semelhante é a história de Seguro. Iniciou-se na JS, tendo ascendido a secretário-geral desta estrutura. Foi fácil, como dirigente juvenil, a sua escolha para deputado em lugar elegível. Montada a teia é simples a progressão. Deputado ao Parlamento Europeu e ministro, pela mão do seu amigo António Guterres. Licencia-se na Universidade Autónoma de Lisboa Luís de Camões, também privada. Não se conhece que tenha exercido qualquer actividade, para além da política. Candidata-se, agora, a secretário-geral do PS. Mas nesta Terra, como reconhecerão, também existe um clone. Não é necessário nomear.
David Pires
Finalmente, após vicissitudes e azares vários, a Ourivesaria Vicente inaugurou as suas novas instalações num prédio muito criticado nesta Terra, mas que aqui já foi elogiado porque se trata de um símbolo, para os anos vindouros, das actuais tendências da arquitectura. Loja simples, mas bonita e funcional, situa-se na rua Pe. António Pereira de Figueiredo, uma pérola nesta Terra, tão pobre comercialmente.
Tiago Paisana
O VISIONÁRIO OU SOM E COR, III
O vermelho deve ser como
o som duma trombeta...
Um cego
Alucina-me a Cor! - A Rosa é como a Lira,
A Lira pelo tempo há muito engrinaldada,
E é já velha a união, a núpcia sagrada,
Entre a cor que nos prende e a nota que suspira.
Se a terra, às vezes, brota a flor que não inspira,
A teatral camélia, a branca enfastiada,
Muitas vezes no ar, perpassa a nota alada
Como a perdida cor dalguma flor que expira...
Há plantas ideais dum cântico divino,
irmãs do oboé, gémeas do violino,
Há gemidos no azul, gritos no carmesim...
A magnólia é uma harpa etérea e perfumada.
E o cacto, a larga flor, vermelha, ensanguentada,
- Tem notas marciais, soa como um clarim.
Selecção de Poemas - Tomás Salavisa
Afinal os boys também existem nos partidos de direita. E este Governo que se proclama eficiente e competente foi incapaz de combater essa maldita praga de girls e boys. Cito alguns bem conhecidos, já com tachos, Daniel Campelo, o do queijo limiano, na secretaria de estado da Agricultura, antigo presidente de câmara; Marco António Costa, da Câmara de Gaia, um videirinho, já foi vereador na Câmara de Valongo, administrador de diversas empresas municipais, na secretaria de estado da Segurança Social; Francisco José Viegas, na secretaria de estado da Cultura, escreveu uns livros, participou em debates nos vários canais de TV, (deve dinheiro ao Estado) e especializou-se, o que lhe valeu o lugar, a dizer mal do governo socialista no Correio da Manha. Mas a procissão ainda vai no adro. Há uma multidão de boys e girls à espera de serem chamados para direcções-gerais, institutos públicos, empresas públicas, etc., etc..
David Pires
José Sócrates foi muitas vezes chamado de mentiroso por não cumprir as promessas feitas. E, para mal do seu futuro político, como se veio a verificar. Entretanto ocorreram eleições em 5 de Junho de que resultou um novo governo e um novo rosto como primeiro ministro - Pedro Passos Coelho. Há, e com grande fundamento, uma grande parcela de portugueses que não confiam nos actuais políticos, como o prova a elevada taxa de abstenção naquele acto eleitoral, mais de quarenta por cento. Muito recentemente Pedro Passos Coelho garantiu em Bruxelas que em caso de necessidade o esforço dos portugueses seria "canalizado para os impostos sobre o consumo e não para impostos sobre o rendimento das pessoas". No entanto esta promessa eleitoral que, certamente os portugueses julgaram ter sido dada por um homem de palavra, volatizou-se logo nos primeiros dias de governo, quando Coelho anunciou a criação de um imposto extraordinário sobre os rendimentos do trabalho. Será forçoso que os políticos mintam para atingir os seus propósitos?
David Pires
Em Julho de 2010, quando governava o Partido Socialista, Cavaco Silva afirmou "Não vale a pena recriminar as agências de rating. O que nós devemos fazer é o nosso trabalho para depender cada vez menos das necessidades de financiamento externo".
Em Julho de 2011, quando governa a coligação PSD/CDS, Cavaco Silva afirmou "Este caso é um pouco escandaloso, podemos dizer assim, no caso português. Foi como que um detonador que despertou os líderes europeus para enfrentarem aquilo que têm vindo a fazer as agências de rating".
David Pires
Tudo indica que a A23 principiará a ser portajada em finais de Setembro, logo a seguir à aprovação de um decreto-lei que contemple as regras do pagamento. Os necessários pórticos já estão instalados. O regime de descontos e isenções para empresas e residentes locais vai manter-se mas sofrerá, oportunamente, alterações restritivas. Mais uma machadada nos nossos agora débeis orçamentos. Acabaram-se as viagens a Abrantes por dá cá aquela palha.
Tiago Paisana
Nesta época de intensa crise, que já vou sentindo diariamente nos meus bolsos, a obrigar que no próximo Dezembro me saquem metade do subsídio de Natal, não é que o Mayor desta Terra, um ano mais, partiu hoje em visita à Europa, à minha custa e dos tansos como eu. Pela enésima vez lá vai ele e a sua entourage fazer um passeio turístico à nossa custa. E quando o dinheiro acabar, gasto nestas e noutras coisas semelhantes, surge o mentiroso do Coelho a sacar-me metade do subsídio de férias. O exemplo de Atenas serve para alguma coisa?
Tiago Paisana
BAILADO
Quebrada pela cintura
Abre em dois frutos o peito.
E o seu calcanhar procura
A ponta do pé direito.
O vento dá-lhe na cara,
Escondida pelo lenço.
E o luar que a decepara,
Deixa-lhe o busto suspenso...
Os olhos, como hei-de vê-los,
Se os desejos, menos vãos,
Morrem só por que os cabelos
Nos deixam sombras nas mãos?
Indizível, mas perfeito
Indício de formosura!
Abre em dois frutos o peito,
Quebrada pela cintura...
Selecção de Poemas - Tomás Salavisa
Não posso
Aceitar
Que me vão
Aos bolsos
Logo no Natal
A época
Mais linda do ano
Se já ganho tão pouco
Pedro passos coelho
O senhor
Não me advertiu
Antes
Sou éssedê
Mas não aceito tudo
Calado
Marco Almeida
Criação do antigo presidente Elvino Pombo, o posto de turismo manteve-se aberto durante algum tempo com reduzidíssima afluência, tão reduzida que, não se justificando manter-se nele um funcionário a ver a gente a passar, encerrou. Face à sua inutilidade foi desactivado e transformado em quiosque para venda de jornais e revistas, que também não teve grande futuro e fechou. Mais tarde transformou-se em florista. Acabou há poucos meses. Mas é esta Terra procurada por turistas? E em número bastante que justifique a manutenção de um posto de turismo? Há sérias dúvidas. Nesta matéria pouco há para oferecer. Quantas camas estão à disposição dos visitantes? Muito poucas. A oferta gastronómica é apelativa? Não parece. Salvo na época da lampreia em que, numa zona muito limitada, a freguesia da Ortiga, é possível apreciar aquele ciclóstomo, nada mais há de interessante para oferecer ao visitantes. Monumentos? Paisagens? Animação? Nada! Só natureza. E a nossa floresta ainda está numa fase muito incipiente. Foi reinaugurado em 1 de Julho.
Tiago Paisana
Frio, frio, frio, Quente, quente, quente os Adiafa, Menos pessoal, Amanhã (hoje) é dia de pica boi, Fogo de artifício de acordo com a crise, Tudo igual ao pretérito passado, Esta feira não é feita de mudança, Para o ano haverá mais do mesmo
Mário Aleixo
Muita gente a comer, Ainda mais gente a beber, Muita gente a desfrutar, Muita música pimba, Muito muito frio, Volto amanhã
Mário Aleixo
De Francisco José Viegas, secretário de Estado, penhorado por dívidas ao Estado no montante de 41863 euros, referente a IRS de 2007.
Julião Mora