Botequim ordinário, onde se vendia o café a dez reis cada xícara.

26
Mar 11

ÁRVORES DO ALENTEJO 

 

Horas mortas...Curvada aos pés do Monte

A planície é um brasido...e, torturadas,

As árvores sangrentas, revoltadas,

Gritam a Deus a bênção duma fonte!

 

E quando, manhã alta, o sol posponte

A oiro a giesta, a arder, pelas estradas,

Esfíngicas, recortam desgrenhadas

Os trágicos perfis no horizonte!

 

Árvores! Corações, almas que choram,

Almas iguais à minha, almas que imploram

Em vão remédio para tanta mágoa!

 

Árvores! Não choreis! Olhai e vede:

- Também ando a gritar, morta de sede,

Pedindo a Deus a minha gota de água!

 

 

Selecção de Tomás Salavisa

 

 

 

publicado por Café de Lepes às 23:23

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