Botequim ordinário, onde se vendia o café a dez reis cada xícara.

18
Jan 11

SONETO VII

 

São mortos os que nunca acreditaram

Que  esta vida é somente uma passagem,

Um atalho sombrio, uma paisagem

Onde os nossos sentidos se poisaram.

 

São mortos os que nunca alevantaram

De entre escombros a Torre de Menagem

Dos seus sonhos de orgulho e de coragem,

E os que não riram e os que não choraram.

 

Que Deus faça de mim, quando eu morrer,

Quando eu partir para o País da Luz,

A sombra calma de um entardecer,

 

Tombando, em doces pregas de mortalha,

Sobre o teu corpo heróico, posto em cruz,

Na solidão dum campo de batalha!

 

 

Selecção de Tomás Salavisa

 

 

 

 

publicado por Café de Lepes às 23:08

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