Botequim ordinário, onde se vendia o café a dez reis cada xícara.

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Out 10

DIES IRAE

 

Apetece cantar, mas ninguém canta.

Apetece chorar, mas ninguém chora.

Um fantasma levanta

A mão do medo sobre a nossa hora.

 

Apetece gritar, mas ninguém grita.

Apetece fugir, mas ninguém foge.

Um fantasma limita

Todo o futuro a este dia de hoje.

 

Apetece morrer, mas ninguém morre.

Apetece matar, mas ninguém mata.

Um fantasma percorre

Os motins onde a alma se arrebata.

 

Oh! maldição do tempo em que vivemos,

Sepultura de grandes cinzeladas,

Que deixam ver a vida que não temos

E as angústias paradas!

publicado por Café de Lepes às 00:56

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