Rompiam, em vôos rasantes os focos dos faróis dos automóveis que corriam pelas estradas marginadas de pinheiros, nas noites quentes de Verão.
Partiam rápidos de dentro dos pinhais, dando a sensação de se esmagarem de encontro aos pára-brisas dos carros. O amarelo dos faróis atraíam-nos e traíam-nos, muitas vezes, originando-lhes um fatal suicídio. Agora, muito raramente, o seu canto prolongado e distinto, se houve rasgar a noite, provavelmente porque os grandes incêndios destruíram os pinhais, seu habitat natural.
Em Abril o noitibó chega a Portugal procurando o calor e quando as temperaturas principiam a baixar, lá por meados de Setembro, regressa a África. Instala-se, sobretudo, no Algarve e Alentejo.
Por onde voam agora os noitibós que nunca os encontramos?