Botequim ordinário, onde se vendia o café a dez reis cada xícara.

23
Jul 10


 

Não posso adiar o amor para outro século não posso

ainda que o grito sufoque na garganta

ainda que o ódio estale e crepite e arda

sob montanhas cinzentas

 

não posso adiar este abraço

que é uma arma de dois gumes

amor e ódio

 

não posso adiar

ainda que a noite pese séculos sobre as costas

e a aurora indecisa demore

não posso adiar para outro século a minha vida

nem o meu amor

nem o meu grito de libertação

 

 

Não posso adiar o coração

 

In "O Grito Claro" - 1958

publicado por Café de Lepes às 17:49

 

O Senhor Presidente, à custa do erário público, isto é, à custa dos impostos que a arraia miúda paga, foi um ano mais "turismar" na Espanha e França.

Quantos anos leva já o Senhor Presidente a viajar pela Europa à nossa conta? São tantos que se lhes perdeu o número.

O Estado está falido, o Presidente Cavaco Silva, por palavras veladas, já o afirmou, contudo há sempre dinheiro para aqueles que se auto-intitulam "eleitos do povo" gozarem à pala dos otários.


publicado por Café de Lepes às 17:47


 

Vila e sede de concelho, o território de Mação pertence ao distrito de Santarém e à província da Beira Baixa. Os campos em redor estavam outrora cobertos de castanheiros e sobreiros, substituídos agora por pinhais.

É uma zona arqueológica e paleontologicamente muito rica. A proximidade do Tejo, a existência de ouro e a relativa fertilidade do solo atraíram desde muito cedo povos que aqui se fixaram, como indicam as antas, os abrigos, os esconderijos e os castros, que na toponímia local tomam o nome de castelos e que forneceram vasto espólio arquelógico.

São sobretudo de considerar os vestígios do período romano. Foi este povo que aqui desenvolveu a agricultura e introduziu o olival. Sabe-se que os Romanos criavam cabras e abelhas, pois negociavam em cera, mel e queijos.

 

In "À Descoberta de Portugal", edição de 1982

publicado por Café de Lepes às 17:44

 

 

 

A Feira de Santo Aleixo, ou Feira de Julho, foi instituída por proposta do então vereador Manuel Marques, nos idos anos 60, do século XX.

Ainda que nos primeiros tempos de vida tivesse alguma afluência, jamais conseguiu impor-se no calendário das nossa feiras. A época do ano, nestes territórios continentais, de elevada canícula, convida mais a uma sombra ou a  uma sesta, do que a uma visita à Feira.

Ano após ano a Feira de Santo Aleixo fenece, menos feirantes, menos visitantes, como, desgraçadamente, se constatou no último domingo.

No decorrer deste ano, por adjudicação a um privado, surgiram implantados nas principais ruas, uns denominados porta-estandartes, mais bem apropriados a Óbidos, do que a a esta vila bem pouco medieval, que servem para publicitar os diversos eventos a acontecer na Terra.

A Feira de Julho, mal ou bem, deve ser considerada uma manifestação a merecer o interesse das gentes do concelho. Não se conhecendo os critérios que regem a utilização dos porta-estandartes, o facto é que não apresentaram qualquer publicidade à Feira, que nesta terra de parcas manifestações é, de facto, um acontecimento.

E a terminar, estranha-se que, sendo o campo da feira uma área ampla,  haverá, certamente, soberanas razões a permitir a instalação de churrascarias ambulantes e exposição de variadas máquinas agrícolas no Largo dos Bombeiros Voluntários. Existindo de facto espaço, tudo levaria a considerar a velha máxima adaptada, "à Feira o que é da  Feira".

publicado por Café de Lepes às 17:39


 

A las cinco de la tarde.

Eran las cinco en punto de la tarde

Un niño trajo la blanca sábana

a las cinco de la tarde.

Una espuerta de cal ya prevenida

a las cinco de la tarde.

Lo demás era muerte y solo muerte

a las cinco de la tarde.

 

El viento se llevó los algodones

a las cinco de la tarde.

Y el óxido sembró cristal y níquel

a las cinco de la tarde.

Ya luchan la paloma y el leopardo

a las cinco de la tarde.

Y un muslo con una asta desolada

a las cinco de la tarde.

Comenzaron los sones de bordón

a las cinco de la tarde.

 

Fragmento do Llanto por Ignacio Sánchez Mejías

publicado por Café de Lepes às 11:51

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