Botequim ordinário, onde se vendia o café a dez reis cada xícara.

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Aquele edifício construído no Largo dos Combatentes e completamente desenquadrado, em termos arquitectónicos, em relação às construções existentes na sua zona, tem sido objecto de ferozes críticas, com especial enfoque no mundo virtual. Trata-se de uma construção alinhada com o estilo actual da Arquitectura, isto é, prolongadas linhas rectas, janelas simples, despojamento de ornatos, sem cobertura visível, maioritariamente em branco. As mais salientes construções deste tipo surgiram na Expo 98. Nesta Terra a existência daquele prédio simboliza uma época da Arquitectura, aquela que agora vivemos. Já na Rua Francisco Serrano encontram-se duas casas que marcam, distintamente, épocas bem diferenciadas. A bonita moradia com o número 4 - adulterada pelas horrorosas janelas de alumínio - construção do início do século XX, ornada com aqueles belíssimos frisos de azulejos em que ninguém repara e, colada a si, o número 6, num estilo que, à época, deveria ter chocado a sensibilidade de muitos nativos, por tão diferente das construções reinantes e que é um símbolo do que se edificava no País, nos anos 50 do século passado. Outro sinal de uma época é-nos dado pelo prédio número 13 do Largo dos Bombeiros Voluntários, onde, em tempos idos, a Clara Transportes teve sedeada a sua central de camionagem e, actualmente acolhe uma oficina de reparação de automóveis, sendo, talvez, o exemplo do tipo de construção que se fazia nas grandes cidades, por volta dos anos 60, do pretérito século. Deixe-se, pois, em paz o Cubo, símbolo do tempo que vivemos, pedrada no charco relativamente aquilo que por aí se erige, bem preferível àquele horroroso palacete implantado no início da Rua das Fábricas.

publicado por Café de Lepes às 16:31

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