Botequim ordinário, onde se vendia o café a dez reis cada xícara.

07
Fev 12

AR DE INVERNO

 

Aves do mar que em ronda lenta

giram no ar, à ventania,

gritam na tarde macilenta

a sua bárbara alegria.

 

Incha lá fora a vaga escura,

uiva o nordeste aflitamente.

Que mágoa anónima satura

este ar de Inverno, este ar doente?

 

Alma que vogas a gemer

na tarde anémica, de vento,

como se infiltra no meu ser

o meu esparso sofrimento!

 

Que viuvez desamparada

chora no ar, no vento frio,

por esta tarde macerada

em que a esperança se esvaiu...

 

Selecção de Poemas - Tomás Salavisa

publicado por Café de Lepes às 00:05

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